Você sabia que seguro para estabelecimentos comerciais custa menos do que automóveis?

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Um incêndio pode acabar em algumas horas, ou até mesmo minutos, com o que se levou uma vida inteira para construir. Os dados são impressionantes e chamam a atenção: de janeiro de 2015 até abril de 2016, o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBMAL) registrou quase 1.300 ocorrências desse tipo em edificações residenciais e comerciais.

Depois do prejuízo, na maioria das vezes, é difícil recomeçar, principalmente para quem não tem nenhum tipo de reserva econômica que possa ser investida na reestruturação do que foi perdido.

Nos dias 13 de novembro de 2015 e 04 de abril deste ano, dois grandes incêndios chamaram a atenção pelo poder de destruição. O primeiro atingiu quatro estabelecimentos do centro de Maceió e iniciou em uma grande loja de aviamentos. A assessoria de comunicação do CBM/AL informou que foram quase doze horas de combate às chamas, 45 militares envolvidos nos trabalhos e 14 viaturas utilizadas.

O segundo arruinou um dos maiores supermercados do Village Campestre, conjunto residencial localizado na periferia da capital. Em comum, além da destruição causada pelo fogo, os pontos de comércio não possuíam seguro, de acordo com os donos e funcionários dos estabelecimentos. Nestes casos, perde o empresário e também os trabalhadores, que muitas vezes ficam desempregados já que o patrão não terá como se reerguer, pois o prejuízo foi grande demais.  

As lojas localizadas na região central de Maceió voltaram a funcionar. Já o supermercado do Village ainda não tem data para reabrir as portas.

O CBM/AL informa que as principais causas de incêndio identificadas pelos peritos do órgão, excluindo os laudos inconclusivos são os curtos-circuitos, mais comuns em edificações antigas ou sem a manutenção adequada da rede elétrica.

Alternativa para empresários 

As precauções que se podem tomar para evitar que uma tragédia como as citadas acima acabem com tudo são variadas. Elas vão desde ter um plano de incêndio regularizado junto ao Corpo de Bombeiros até adquirir um seguro, que será útil em situações de perda do patrimônio.

Djaildo Almeida é diretor do Sindicato dos Corretores de Seguro de Alagoas (Sincor-AL) e explica que, na maioria dos casos, a falta de conhecimento sobre os benefícios que o seguro pode trazer é a principal causa para que o serviço não seja contratado.

“Infelizmente, muitos empresários pensam que o seguro é um gasto, somente mais uma conta para ser paga, mas na verdade é o contrário. O seguro é um investimento que resguarda o dono do comércio de várias situações que possam afetar o estabelecimento”, explica.

Almeida conta que existem vários tipos de cobertura e que elas variam de acordo com o tipo contratado pelo cliente. “A mais básica de todas é a que cobre incêndio e explosão, mas temos, por exemplo, seguros que cobrem danos elétricos, danos de responsabilidade civil – em caso de acidentes de clientes dentro do estabelecimento e seguro individual para os funcionários”, enumera.

O corretor informa ainda que este tipo de seguro para estabelecimentos comerciais é mais barato do que o para automóveis, por exemplo. A explicação é simples. “Por mais que aconteça uma quantidade de casos relevantes de sinistros envolvendo pontos de comércio, o número é bem menor do que os envolvendo veículos”, constata.

Para se ter uma ideia dos custos, a apólice de um estabelecimento com importância segurada em R$ 2 milhões (para cobertura básica – incêndio, queda de raio ou explosão) será no valor de R$ 3,5 mil por ano. O pagamento dela ainda pode ser feito de forma facilitada: à vista, em seis vezes no cartão sem juros ou até doze vezes com juros.

“Caso o empresário opte, ele ainda pode incluir no contrato serviços de consertos em aparelhos de ar-condicionado, reparos elétricos e hidráulicos, limpezas de caixas de água, tudo com a mão de obra gratuita. Ele somente se responsabilizará pelos custos do material utilizado nas atividades”, explica.

Para que o contratante fique tranquilo no momento de adquirir um seguro, Djaildo aconselha. “É imprescindível que o cliente pesquise os preços, mas o mais importante é que ele firme o contrato através de um corretor de seguro habilitado, pois este é o profissional capaz de orientar e tirar as dúvidas que possam existir sobre o serviço”, finaliza.

Contratações

O Sincor-AL informa que a contratação do seguro para estabelecimentos comerciais, principalmente quando o comerciante é o dono do local onde trabalha, é muito sazonal e ocorre, tendo um leve crescimento, quando algum tipo de problema em algum outro estabelecimento vem à tona.

“É como se as pessoas percebessem que a mesma situação pode ocorrer com qualquer um, de qualquer lugar. Se há um registro de incêndio em uma loja, percebemos que o número de pessoas interessadas em proteger o seu ponto comercial aumenta, mas logo em seguida as pessoas parecem se desinteressar e deixam de lado algo que deveria ser primordial para a própria segurança do empresário, dos funcionários e dos clientes”, observa o diretor do Sincor-AL.

O empresário Marcelo Nogueira de Miranda, 55 anos, dono de uma rede de lojas de produtos esportivos, está no ramo empresarial há mais de 20 anos. Desde o ínicio dos negócios, quando inaugurou a primeira loja, ele garante que já contratou o serviço de seguros.

“Atualmente, temos seis lojas no grupo, com cerca de 60 funcionários. Todas elas possuem seguros. É uma maneira de resguardar o patrimônio. Este prédio que fica na Rua do Comércio é alugado, motivo que torna a cobertura por um seguro obrigatória”, diz o empresário. 

A Lei do Inquilinado (8245/91), em seu parágrafo VIII, obriga o locatário do imóvel a pagar os impostos e taxas e ainda o prêmio de seguro complementar contra fogo, que incidam ou venham a incidir sobre o imóvel, salvo disposição expressa em contrário no contrato.

Além da obrigatoriedade, Miranda afirma que o seguro traz garantia de tranquilidade. “Ninguém quer que aconteça um incêndio no seu estabelecimento, mas se a loja tiver seguro, caso uma tragédia venha acontecer, o empresário poderá acioná-lo e terá uma forma de recomeçar o negócio com uma boa ajuda financeira. Não vai partir do zero”, informa, ao dizer que até hoje nunca precisou utilizar os serviços oferecidos pelos seguros.

Jeimes Pereira, de 37 anos, também é empresário e atua na região do centro de Maceió. Ele é um dos donos de um restaurante localizado no calçadão do comércio. Há três anos no local, ele conta que quando foi se estabelecer por lá precisou fazer uma reforma no prédio alugado e, logo em seguida, contratou o seguro.

“Espero nunca precisar, pois estes serviços nos servem em momentos de dificuldade, mas é importante ter o seguro. Vez ou outra, temos a informação que aconteceram incêndios em pontos comerciais aqui do centro e isso nos deixa preocupados, por isso entendo como necessário a contratação do serviço, pois ele resguarda a minha fonte de renda e o local de trabalho de 18 funcionários”, conclui. 

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